quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Anãs marrons: As estrelas falhas.

O que são?

Anãs marrons são corpos denominados popularmente estrelas falhas, pois elas apresentam a maioria dos elementos para se tornarem uma estrela, mas faltam-lhes massa e pressão para elas iniciarem suas fusões nucleares em seu núcleo e por consequência disso, elas não entram na sequência-principal e por isso elas não se tornam estrelas. Essas estrelas geram calor por meio de fusões nucleares por contrações gravitacionais, ou seja, a gravidade da estrela comprime a anã marrom fazendo-a se comprimir e em consequência disso, as partículas de hidrogênio e de deutério da anã marrom se colidem, se fundem e criam elementos mais pesados, calor, energia e pressão para a anã marrom se sustentar em sua condição. Átomos de deutério são isótopos estáveis de hidrogênio que perderam um elétron que são compostos de um próton e de um nêutron.


                           Resultado de imagem para anãs marrons                                                 Fonte: http://cosmonovas.blogspot.com.br/2012/05/descoberta-uma-rara-ana-marron.html   
            Exemplo de anã marrom, na direção direita da imagem e de uma estrela solar.  


Características:

As anãs marrons possuem uma temperatura que varia de 1000 K a 3400 K, uma massa que varia de 13 a 75 vezes a massa de Júpiter. O diâmetro dessas estrelas é muito maior que o de um planeta, mas ele é extremamente menor que uma estrela de sequência-principal.

Detecção:

Para se detectar anãs marrons, é necessário o uso de satélites ou filtros infravermelhos, já que sua temperatura e brilho são extremamente baixos, o que torna essas estrelas detectáveis  apenas no infravermelho, dificultando sua detecção por observadores amadores.

Formação:

As anãs marrons possuem uma formação semelhante a das estrelas. As anãs marrons e as estrelas se formam quando uma nuvem de gás e poeira, a nebulosa, sofre um intenso colapso gravitacional que normalmente é provocada pela interação entre duas ou mais galáxias próximas, pela gravidade de estrelas próximas ou pelo ricochete gravitacional de uma supernova. O colapso gravitacional faz com que a nebulosa se comprima, se arredonde e que se torne quente. A compressão da nebulosa faz com as partículas da nebulosa se comprimam, fazendo elas fazerem fusões nucleares de hidrogênio e deutério por contrações gravitacionais. As proto-estrelas com mais de 0,08 massas solares, ganham pressão e calor suficiente para começarem as fusões nucleares em seus núcleos e assim entram na sequência-principal, enquanto com as proto-estrelas com as estrelas com massa abaixo de 0,08 massas solares, a estrela fica com pressão e temperatura insuficientes para entrarem na sequência- principal e assim elas continuam fazendo fusões nucleares por contrações gravitacionais até que seu combustível acabe e que a gravidade desta a comprima a ponto de ela sumir.

                     Resultado de imagem para nebulosa da tarântula or ngc 2070 nebulous cluster                                                            Fonte:http://wikivisually.com/wiki/List_of_largest_nebulae
                                 Exemplo de nebulosa, a nebulosa da tarântula ou NGC 604.


Autor e astrônomo responsável pelo artigo:

Gustavo Sobreira Barroso

Colaboradores:

Pedro André Menezes de Moraes Amora e Gabriel Galheigo Rabello Sommer.

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