sexta-feira, 2 de junho de 2017

Nebulosas: As formadoras de estrelas.

O que são?

Nebulosas são nuvens compostas geralmente de poeira, hidrogênio molecular, plasma e outros gases ionizados.
Originalmente, nebulosa era o nome que se atribuía a qualquer corpo celeste difuso como, por exemplo, galáxias.
Até meados do século XX, antes da verdadeira natureza das galáxias serem conhecidas serem confirmadas por Edwin Hubble, era atribuída a classificação de Nebulosas para as galáxias.

Histórico observacional:

Por volta do ano de 150 depois de cristo, Claúdio Ptolomeu registrou nos livros VII-VIII da sua coleção Almagesto, cinco estrelas que não apresentavam forma definida, nebulosas. Ele também notou uma região de nebulosidade localizada entre as constelações da Ursa Maior e Leo que não estavam relacionadas com nenhuma estrela conhecida na época.  A primeira nebulosa verdadeira registrada fora mencionada pelo astrônomo árabe Abd al-Rahman al-Sufi, em sua obra Livro das Estrelas Fixas (em 964 D.C). Ele notou "uma pequena nuvem" onde a Galáxia de Andrômeda está localizada. Ele também catalogou o aglomerado estelar Omicron Velorum como uma "estrela nebulosa" e outros objetos, como o aglomerado Al Sufi. A supernova que criou a nebulosa do Caranguejo, a SN 1054, foi observada por astrônomos árabes.
Em 26 de janeiro de 1610, o astrônomo Nicolas-Claude Fabri de Peiresc descobriu a nebulosa de Órion usando um telescópio. Esta nebulosa fora observada por Johann Baptist Cysat em 1618. Entretanto, o primeiro estudo detalhado sobre a nebulosa de Órion não seria escrito até 1659 por Christiaan Huygens.
Em 1715, Edmund Halley publicou uma lista de seis nebulosas. Este número cresceu firmemente durante o século, com Jean-Philippe de Chésaux compilando uma lista de 20 nebulosas (incluindo oito previamente conhecidas) em 1746. De 1751 à 1753, Nicolas Louis de Lacaille catalogou 42 nebulosas do Cabo da Boa Esperança, sendo a maioria dessas desconhecidas previamente. Charles Messier então compilou um catálogo de 103 "nebulosas" ( atualmente chamados de objetos de Messier, nos quais incluíam o que sabe-se que são galáxias) em 1781; o seu principal interesse era detectar cometas.
O número de nebulosas expandiu exponencialmente graças aos esforços de William Herschel  e sua irmã Caroline Herschel. Publicou o Catálogo das Mil Novas Nebulosas e Aglomerados de Estrelas em 1786. Um segundo catálogo de mil foi publicado em 1789 e o terceiro e final, contendo 510 nebulosas apareceu em 1802. Durante grande parte de seu trabalho, William Herschel acreditou que essas nebulosas eram aglomerados de estrelas irresolutos. Em 1790, entretanto, ele descobriu uma estrela cercada de nebulosidade e conclui que esta era uma verdadeira nebulosas, ao invés de um aglomerado mais distante.
No início de 1864, William Huggins  examinou o espectro de cerca de 70 nebulosas. Ele descobriu que um terço delas tinha o espectro de emissão de um gás. O restante apresentou um espectro contínuo e, portanto, foram pensados em consistir em uma massa de estrelas. Uma terceira categoria foi adicionada em 1912 quando Vesto Slipher mostrou que o espectro da nebulosa que cercou a estrela Merope combinou os espectros do aglomerado aberto das Plêiades. Assim, a nebulosa irradia-se pela luz da estrela refletida.
Por volta de 1922, após o Grande Debate, ficou muito claro que muitas "nebulosas" eram galáxias distantes da nossa.
Slipher e Edwin Hubble continuaram coletando os espectros de muitas nebulosas difusas, encontrando 29 que mostraram espectros de emissão 33 que tiveram o espectro contínuo da luz da estrela. Ainda por volt de 1922, Hubble anunciou que quase todas as nebulosas são associadas com as estrelas, e sua iluminação vem da luz das estrelas.Ele também descobriu que as nebulosas de emissão estão quase sempre associadas a estrelas com classificações espectrais do tipo B1 ou mais quentes (incluindo estrelas de sequência com tipo O), enquanto as nebulosas com espectros contínuos aparecem com estrelas mais frias. Tanto Hubble quanto Henry Norris Russell concluíram que as nebulosas que cercam as estrelas são transformadas de alguma maneira.

Categorias de nebulosas:

Remanescentes de supernovas:

As nebulosas remanescentes de supernova são envoltórios (ou nuvens) de gás, compostas por restos restos mortais de uma estrela que foi destruída por uma violenta explosão, a supernova, que marca sua morte. A supernova gera uma violenta onda de choque que ejeta o material estelar da antiga estrela que se afasta a grande velocidade do núcleo estelar, chegando a atingir mais de 3000 km/s e levando consigo tudo que estiver no seu caminho, no meio interestelar. 
O choque do material ejetado pode aquecer o gás interestelar a temperaturas superiores a 10 milhões de Kelvin, levando-o ao estado de plasma,
O mais famoso exemplo de uma remanescente de supernova é a nebulosa do caranguejo na constelação de Touro. A estrela que formou a nebulosa do Caranguejo explodiu como supernova no ano de 1054 depois de cristo, sendo que a explosão foi registrada pelos chineses, astecas, árabes e por outros povos..
                               
   

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Nebulosa do Caranguejo, nebulosa remanescente de supernova na constelação de touro.
Fonte:http://www.asmaravilhasdoceuestrelado.com.br/2013/02/o-caranguejo-do-ceu.html

Nebulosas de emissão:

Nebulosas de emissão são envoltórios (ou nuvens) de gás com altas temperaturas. Os átomos na nuvem de gás são energizados por luz ultravioleta de uma estrela próxima e emitem radiação quando decaem para estados de energia (luzes de néon praticamente da mesma maneira).
Nebulosas de emissão são geralmente vermelhas, por causa do hidrogênio, elemento mais abundante do universo e que emite comumente luz vermelha.
                                       
                                   Resultado de imagem para nebulosa de orion e a volta de jesus
    Nebulosa de Órion, nebulosa de emissão na constelação de Órion.
        Fonte:http://temasbblicos.blogspot.com.br/2012/04/jesus-voltara-atraves-da-constelacao-de.html

Nebulosas de reflexão:

Nebulosas de reflexão são nebulosas que simplesmente refletem a luz de uma ou mais estrelas próximas. Nebulosas de emissão e reflexão são geralmente vistas juntas e são às vezes chamadas de nebulosas difusas.
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            Nebulosa da cabeça de Bruxa, nebulosa de reflexão na constelação de Órion.     
               Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulosa_Cabe%C3%A7a_da_Bruxa

Nebulosas escuras:

Existe também nebulosas que impedem quase completamente que a luz passe completamente por elas. São identificadas pelo contraste com o céu ao redor delas, que é sempre mais luminoso e estrelado.

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              Nebulosa do Saco de Carvão, nebulosa escura na constelação do Cruzeiro do Sul.
                     Fonte:https://www.eso.org/public/brazil/news/eso1539/

Nebulosas planetárias:

As nebulosas planetários receberam esse nome de William Herschel porque quando foram vistas ao telescópio pela primeira vez, achavam que elas se pareciam com planetas.
Posteriormente descobriu-se que elas eram formadas pelo material ejetado por certos tipos de estrelas no final de suas vidas.

                             Resultado de imagem para nebulosa do esquimó                                                        Nebulosa do Esquimó, nebulosa planetária na constelação de Gêmeos. 
                      Fonte:http://www.astropt.org/2013/07/30/nebulosa-do-esquimo-2/

Agradecimentos:

Agradeço muito por prestigiarem o blog, espero que gostem das atuais e futuras postagens do blog.

Colaboradores:

Gabriel Galheigo Rabello Donner, Pedro André Menezes de Moraes Amora e Pedro Henrique Cintra.

Autor:

Gustavo Sobreira Barroso.

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